sábado, 4 de maio de 2013

Quem dá aos pobres empresta a Deus


Revisitar os Provérbios e, com eles, desnudar o Presente


Dores Topete

Este é um provérbio de grande força espiritual para as pessoas que creem em Deus e não só.
2 milhões de pobres
A grave crise económica por que estamos a passar no nosso país, com uma taxa de pobreza que é mais elevada que a média da U.E.,( temos cerca de 2 milhões de pobres em Portugal), com tendência para aumentar se continuarmos com o elevado índice de desemprego, leva a que, cada vez mais, haja necessidade de entre ajuda por parte de quem pode.
Dar um pouco daquilo que possuímos para ajudar alguém que precisa, é um gesto de amor que se traduz não só em palavras mas também em ações.
A igreja católica, através das suas instituições tem promovido e dinamizado a ação social.
Exemplo disso é o trabalho desempenhado pela Caritas portuguesa, que tem desenvolvido ao longo dos tempos campanhas de angariação de fundos, traduzidos não só em dinheiro, mas, muito especialmente, em bens de consumo tão necessários no momento terrível que as populações mais carenciadas tanto precisam.
O último peditório que a Caritas levou a efeito junto das populações, (com resultados inferiores), já traduziu a carência que os portugueses estão a sentir.
Solidão - uma palavra com história
O que os nossos pais nos ensinam e transmitem em crianças é de uma importância vital para o futuro e para o tipo de vida que optamos por levar. Os valores morais e éticos, que nos passam, servem para que saibamos respeitar e ajudar os nossos semelhantes.
Fui educada em casa e na catequese a acreditar em Deus, e que as boas ações praticadas teriam sempre a sua recompensa. Por isso acredito e sigo este provérbio.
Acredito, também, que as pessoas, ligadas ou não a outras religiões, sigam o mesmo lema, ou seja, ajuda no que podes para seres também ajudado.

5 comentários:

  1. Eu também penso dessa maneira. Se todos dermos um pouco que seja, não nos faz falta e a outra pessoa talvez lhe mate a fome.Já sei e tenho consciência, que talvez não fosse preciso essa situação se as entidades funcionassem como deviam, mas como não o fazem, deve ser a sociedade a ajudar um pouco.

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  2. Realmente a solidariedade é um valor precioso mas o mais importante era lutarmos para que a pobreza não existisse. E era tão fácil: bastava que o bolo fosse dividido com igualdade por todos. Assim já não encontrávamos uns a ter milhões e outros nem tostões.
    Para mim o mais importante não é que alguns tenham um bocadinho e que haja alguém - todos almas caridosas - que lhe dêem algumas migalhas. Embora tenha um profundo respeito por quem o faz acho que se a riqueza fosse melhor distribuída não existiriam ... pobres.

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  3. "A igreja católica, através das suas instituições tem promovido e dinamizado a ação social." Estou de acordo. Entretanto, há quem defenda, e eu também estou de acordo,de que a igreja deveria pagar impostos como qualquer instituição ou cidadão rico ou POBRE.E que bom seria se, a seguir, o "justo" estado entregasse essa verba a instituições de solidariedade social. Mais uma utopia? Talvez, mas era tão fácil não ser...Seria simplesmente, um ato de amor, de solidariedade... O que menos importa são os nomes.

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  4. Não posso deixar de concordar com a Albertina no que se refere a um mundo mais justo, sem estas diferenças escandalosas. Se queremos esse mundo não podemos desistir de lutar por ele de todas as formas ao nosso alcance. Mas, como quem tem fome não pode esperar, temos de, em simultâneo, partilhar com os outros. A recompensa virá de Deus, para os crentes, mas virá também no exato momento da partilha - quem dá também recebe do outro. Ninguém é tão rico que não tenha carência de alguma coisa, nem tão pobre que não tenha algo para oferecer.

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  5. Eu não sei se "quem dá aos pobres empresta a Deus". O que sei é que há muita desigualdade neste mundo cruel. E qualquer Deus, esteja Ele onde estiver, não quer isto na terra. É desumano ver tanta crueldade, tanta gente a morrer de fome. E em nome desse mesmo Deus comentem-se as maiores barbaridades. É a pensar que estamos a emprestar a Deus? Para quê? Porque não distribuímos melhor os bens terrenos?
    Porque temos de ser nós, na sua maioria também pobres, a fazê-lo? E faço-o sempre que posso, não pensando que estou a emprestar a Deus, mas sim a ajudar pessoas que precisam muito mais do que eu.
    No entanto, gostei do texto Dores. Obrigada

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