EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
PROFISSÕES EXTINTAS VERSUS FOGOS FLORESTAIS
Infelizmente, ao longo dos
últimos quase 40 anos, nos diversos governos que têm gerido este país,
“inteligências iluminadas” de alguns responsáveis, entenderam que os seus
antecessores não tinham procedido correctamente, mas fruto de um total
desconhecimento das situações reais, procederam à extinção pura e simples ou a
alterações de estruturas ou instituições, nos mais variados domínios, cuja
eficiência era notória, tendo criado, isso sim, manifesto prejuízo em vários
sectores, em muitos casos, de verdadeiro caos. Tem-lhes faltado a HUMILDADE de
reconhecerem os seus erros e retrocederem na reposição das situações criadas
por pessoas sensatas e com experiência vivida
A título de ilustração do que
antecede refiro apenas dois exemplos correspondentes aos dois tipos de
situações.
![]() |
Extinção dos cantoneiros |
Um deles foi a extinção dos
CANTONEIROS cujas acções de prevenção dos fogos florestais me dispenso de
mencionar visto que em artigo recente a elas se referiu, no Diário de Aveiro, o
Dr. Mário Trepa. Certamente esta medida teve como argumento o de que as
máquinas faziam o trabalho mais rapidamente e melhor. É claro que o argumento é
falso dado que, por um lado os cantoneiros actuavam em todas as estradas,
principais e secundárias enquanto que as máquinas só o fazem em algumas
principais e de modo aligeirado. Acresce ainda que esses profissionais
desempenhavam ainda concomitantemente dois outros tipos de tarefas: reparavam
os buracos das estradas e limpavam, em tempo útil, as valetas permitindo a
escorrência adequada da água das chuvas, evitando que viesse inundar as
estradas. Na situação actual de elevado desemprego, não seria uma boa ocasião
para repor estes profissionais cuja utilidade sempre se revelou indiscutível?
A outra profissão é a dos GUARDAS
FLORESTAIS. É verdade que o nome ainda permanece
e mas as funções foram
completamente alteradas tanto quanto se pode constatar. Importa perguntar
porque foram retirados dos perímetros florestais deixando abandonadas dezenas e
dezenas de casas já em avançado estado de degradação por todo o pais.
Desconheço quais os meios utilizados quando estavam instalados nas casas, mas
presumo que lhes era permitido contratar pessoal para realizarem as tarefas que
lhe competiam. Uma coisa é certa, as zonas florestais sob a sua jurisdição
estavam limpas quer da vegetação rasteiras quer de árvores ou ramos caídos e de
plantas infestantes. Este é mais um exemplo de quem decide só no gabinete
ignorando as condições reais! Acresce que o Estado só tem autoridade moral
para exigir dos outros se ele próprio der o exemplo, em vez de utilizar o dito
“olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”!
![]() |
Guardas Florestais |
Trata-se de outro sector que
permitiria absorver uma quantidade apreciável de desempregados, pelo menos, em
termos sazonais.
Ainda relacionadas com os fogos
florestais sugerem-se-me mais algumas considerações.
![]() |
Água sem aproveitamento |
Há zonas florestadas, afastadas
das povoações, com elevado declive onde corre água livremente praticamente
durante todo o ano, sem qualquer aproveitamento. Face às catástrofes que
infelizmente vêm ocorrendo anualmente, não seria a altura adequada, para preventivamente
se pensar em captar tais recursos, reunindo-os em grandes tanques construídos
nas zonas florestais que, durante o Inverno, armazenariam igualmente a água da
chuva e que constituiriam, certamente um apoio fundamental para o ataque a
eventuais incêndios?
Um exemplo do aproveitamento de
água deste tipo de escorrência, ainda que com objectivo diferente foi o
realizado no Algarve. Como se sabe, o limite norte é constituído por inúmeras
serras pejadas de linhas de água que desaguam na zona plana onde se situam a
maior parte das terras de cultivo e onde a água das chuvas corria livremente em
direcção ao mar, perdendo-se totalmente. Tendo-lhes sido explicado que, se no
final de cada uma dessas linhas de água fossem criadas bacias de retenção, de
construção muito fácil com recurso a pás mecânicas e as mesmas revestidas com
argila, substância esta abundante em vários locais, lhes permitiriam reter
enormes volumes de água que lhes resolveria o problema da rega das suas
culturas. Este procedimento foi adoptado com enorme sucesso.
Este é mais um exemplo em que as
ofertas da mãe natureza não eram utilizadas, por simples inércia dos
interessados. Não é preciso estar a inventar nada basta replicar os bons
exemplos.
Finalmente, gostaria de deixar
mais dois apontamentos relativos a duas situações, pelo choque que me causam
não apenas a mim mas também a outras pessoas com quem tenho trocado impressões.
Uma delas refere-se ao facto de
não ter verificado que as Câmaras Municipais das áreas onde
correram os
incêndios, não terem mobilizado imediatamente as suas máquinas pesadas para
acções que os bombeiros pudessem entender úteis, bem como os seus carros da
água para evitar a deslocação dos carros de bombeiros para se abastecerem!
![]() |
Limpeza de uma área de segurança |
Uma outra situação, que
igualmente lamento, mas que infelizmente está nos genes do povo português que
só age se tiver medo de alguma sanção. Refiro-me limpeza de uma área de
segurança de, pelo menos 50 metros, ao redor das casas (que é o que a lei
define), especialmente as que se situam no meio da floresta. Aquilo a que
assistimos frequentemente é o fogo a chegar junto das casas e é nessa altura,
que vemos os moradores, em desespero de causa a limpar a erva, a palha e a
lenha que aí tinham armazenado junto da habitação. A solução terá que ser, a de
a partir de Maio ou Junho, a GNR percorrer todas as áreas em que haja casas
junto de zonas florestais e obrigar a limpar e ter o cuidado de lá voltar para verificar
se o trabalho foi ou não realizado e, neste caso sancionar pesadamente pois, de
outro modo, vamos continuar a assistir ao mesmo tipo de aflições de última hora
que nada resolvem.
José
Carlos Balacó Moreira ©2013,Aveiro,Portugal
Publicado por Evoluir em 11 de Dezembro de2013
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
José Carlos Balacó Moreira
EDUCAÇÃO CÍVICA, ÉTICA E MORAL
Reflectindo acerca deste tema
conclui que após o 25 de Abril estas matérias foram complemente esquecidas com
a embalagem de serem antidemocráticas ou mesmo fascistas pelo que o ensino das
bases que lhe subjazem deixaram de ser ensinadas. Entrou-se em algo que deveria
ser uma liberdade democrática, responsável, de respeito por sãos princípios e
por terceiros, mas que rapidamente se transformou em libertinagem irresponsável,
em que o respeito pelos outros e pelos princípios de seriedade e honradez se
transformaram rápida e progressivamente no actual salve-se quem puder!
![]() |
Hino Nacional |
Apesar deste estado de coisas
nunca é demais mencionar que os símbolos da nação são: o Hino e a Bandeira Nacional,
algo que, estou certo que uma parte assinalável da população desconhece.
Em relação ao HINO NACIONAL admito
que a maioria dos portugueses saiba a letra do mesmo mas mais por ser cantado
repetidamente em manifestações desportivas do que por ter sido ensinado logo no
início da escolaridade em que também deveria ser explicada qual a atitude que
cada um deve tomar sempre que é tocado ou cantado: assumir uma atitude
respeitosa com os braços ao lado do corpo e os homens terem a cabeça sem chapéu.
Todavia, a generalidade dos cidadãos desconhecem que os autores foram Henrique
Lopes de Mendonça (letra) e Alfredo Keil (música). Aqui fica o ensinamento para
que, de futuro possam recordar!
No que respeita à BANDEIRA
NACIONAL, tenho a certeza de que a grande maioria dos cidadãos que agora são
pais e que iniciaram a sua escolaridade no período acima referido, não sabem
qual o significado das cores da bandeira e muito menos dos elementos que a
compõem!
Muito embora possam encontrar tal
explicação na internet, por certo, não se dão ao trabalho de a consultar, com
este objectivo, pelo que aqui fica uma síntese que certamente os deixará
admirados porque não faziam a menor ideia do seu significado. Mesmo
actualmente, no ensino primeiro continua a não se descer a esses pormenores.
Apenas se refere que os símbolos são o hino nacional e a bandeira que é
representada por um desenho sem qualquer outra explicação.
As cores, são o verde
que ocupa 2/5 da área da bandeira e traduz o sentimento de esperança e o vermelho
que ocupa os restantes 3/5 da área e representa a coragem e o sangue derramado
pelos portugueses ao longo da história. A esfera armilar
simboliza o mundo que os navegadores portugueses descobriram nos séculos XV e
XVI e os povos com quem contactaram.
No interior da esfera, o escudo vermelho
com sete castelos, representam as localidades fortificadas que D.
Afonso Henriques conquistou aos Mouros. No centro, o escudo branco com
cinco quinas representam os 5 reis mouros que D. Afonso Henriques
venceu na batalha de Ourique. Os pontos brancos dentro das quinas
simbolizam as 5 chagas de Cristo. Diz-se que na batalha de Ourique Jesus Cristo
crucificado apareceu a D. Afonso Henriques e disse-lhe:” com este sinal (a
cruz) vencerás”.
Infelizmente temos que constatar
que a preocupação principal da juventude é o lazer, em vez de se mentalizarem
que neste período das suas vidas deve ser o de estudar, como primeira
prioridade e, então, depois também haverá ao lazer.
É compreensível que se pretenda
que a juventude tenha outras actividades para além das actividades curriculares
mas é necessário que lhes seja incutido o sentido da responsabilidade no
cumprimento das tarefas de que no actual momento das suas vidas lhes incumbem.
O panorama dos resultados dos
exames nacionais foi um verdadeiro caos, na minha perspectiva, meramente resultante
da falta de estudo, de trabalho empenhado, da assunção dos seus deveres.
O curioso é que os pais nunca
culpam os filhos, antes utilizam vários argumentos para justificação dos maus
resultados entre os quais o número excessivo de alunos por turma, pelo que o
professor não pode dar a atenção devida a cada aluno. A título de exemplo devo
dizer que há 50 anos, muitas das Escolas Primárias tinham as quatro classes
numa única sala, com a mesma professora e as turmas nos liceus e escolas
técnicas chegavam a ter 40 ou mais alunos. Apesar disso, os resultados
positivos apareciam porque o princípio era de que “primeiro as obrigações e
depois as devoções” e para os pais não havia desculpas pois o que lhes era
exigido era cumprirem os seus deveres: estudar! Portanto, actualmente, uma boa
parte da culpa cabe aos pais pelos “paninhos quentes” com que tratam os filhos
e pela falta de reconhecimento dessa mesma culpa quando os resultados são os
que se vêm!
O antigo 5º ano do liceu (actual
9º ano) era uma enorme barreira cujas nove disciplinas era preciso transpor,
mas com muito trabalho e empenho conseguia-se, conferindo aos alunos um grau de
cultura geral invejável mesmo em relação a outros países. Pessoalmente tive
ocasião de constatar isso mesmo quando permaneci em França, como bolseiro, e
contactei com alunos de diversos países que ficavam espantados com os nossos
conhecimentos de línguas, (português, francês, inglês, além de nos
desenrascarmos em espanhol e italiano), história e geografia universais, ciências
naturais, etc
Aceito que hoje possa haver
alguma orientação diferente dos currículos dadas as facilidades de acesso aos
meios de comunicação, nomeadamente a internet. Todavia, verifica-se que a nossa
juventude está pouco habituada a ter de raciocinar, limitando-se a transcrever
os elementos obtidos através da internet sem que, com base neles elaborem o
trabalho que lhes é solicitado dando a sua versão pessoal resultante da
interpretação dos dados obtidos, isto é, pensando.
No entanto, há matérias tais como
a matemática cujos resultados só são visíveis ao fim de muitas dezenas de horas
com a realização de centenas de exercícios o que, naturalmente exige muito
empenhamento e algum sacrifício!
Uma das disciplinas que foi
retirada do final do ensino secundário e que era comum a todos os cursos
(letras e ciências) designava-se Organização Política e Administrativa da Nação.
Tratando-se embora de uma matéria um pouco árida, reconheço que ainda hoje
devia ser mantida na medida em que permitiria que se ficasse a saber como é a
estrutura do Estado, os Órgãos que o constituem e as respectivas funções. No
final deste ciclo de vida dos cidadãos parece-me que será indispensável que
fiquem a conhecer, ainda que de forma sintética, o modo como o país está
organizado e o modelo de funcionamento de toda estrutura administrativa.
Finalmente, um último comentário
relacionado particularmente com a segunda parte do título prende-se com o
pagamento de propinas. Até ao 25 de Abril, pagavam-se propinas quer, no liceu
quer, nas escolas técnicas, situação esta posteriormente abolida, ficando
reservada ao ensino universitário. São constantes as contestações para o
cumprimento desta obrigação. Porém, estou certo de que se tivesse podido ser feito
um controlo nos inúmeros espectáculos musicais realizados este verão em
diversas localidades do país, tenho a certeza de que “apanharíamos” uma quantidade
apreciável de contestatários que em cada caso gastaram, ao que me informaram,
pelo menos 350 a 400 euros, em cada espectáculo a que foram assistir e, pelo
que fomos ouvindo na TV muitos deles estiveram presentes em vários! Haja, pois
alguma moral nas acções que praticamos, pois a vida não é apenas feita de
divertimento. Antes deste há que ter algum senso e pensar no que é realmente indispensável
e obrigatório!
Publicado por Evoluir em 7 de Outubro de 2013
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
RECADO
AOS ELEITOS PELO POVO
“SERVIR
E NÃO SERVIR-SE”
![]() |
Mas tentem fazer o vosso melhor! |
Acabam
de ser eleitos novos autarcas para o próximo quadriénio.
Com muita
euforia para alguns, com desapontamento para outros.
Para
presidentes da câmara, presidentes de juntas de freguesia e respectivas
assembleias.
Conhecendo
a realidade dos lugares e das pessoas, não posso deixar de manifestar o desejo
que todos os eleitos democraticamente pelo povo não se esqueçam, que devem
estar sempre ao serviço do povo, e não de interesses particulares.
Foi
o povo da nossa terra que delegou nos conterrâneos eleitos poderes legais para
resolverem os problemas das comunidade locais, de interesse geral, de benefício
para todos e não apenas para benefício de alguns.
Em
tempos de crise, de acentuado desemprego, de magros orçamentos, não será
fácil agradar a todos ou resolver todos
os problemas.
Em
tempos de contenção ou não, as câmaras não podem ser agências de emprego, para
pagamento de favores ou promessas…
Mas
tentem fazer o vosso melhor!
O
“Lions”, movimento internacional de solidariedade, de origem americana, tem uma
regra de ouro no seu “Código de Ética”, que nesta e noutras situações, se pode
aplicar:
“servir
e não servir-se”.
Sim,
servir e não servir-se, mesmo em tempos de crise.
Boas
práticas, muito juízo e bom trabalho!
( O
povo está atento… )
Graciete
Manangão
Publicado por Evoluir em 2 de outubro de 2013
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
Durante a crise dos anos
1930, nos Estados Unidos, destacou-se uma mulher, Frances Perkins, que o
presidente Roosevelt nomeou Secretária do Ministério do Trabalho e que
conservou esse posto, enquanto Roosevelt esteve no governo.
Frances Perkins dedicou-se
aos problemas dos trabalhadores, sobretudo aos desempregados, criando empregos
e cursos de formação , estabelecendo o horário máximo de trabalho, o salário
mínimo, seguros de desemprego e segurança social, chocada com o que via à sua
volta. Foi ela que empreendeu uma revolução social nos Estados Unidos e que
perdurou por muito tempo.
Por isso se diz que as
crises têm o seu lado bom. Levam as pessoas a lutar, a desenvolver a sua
imaginação e ousadia para tomarem atitudes que tentam melhorar o “status quo” e
mesmo a levar os outros a sair dele. Temos vários exemplos ao longo da História.
Na situação actual de
Portugal, conformismo é uma atitude negativa e é cada vez mais necessário que
apareçam mulheres e homens que digam “Basta!”
O papel das mulheres é
importantíssimo, fora e dentro de casa, onde recebem e acarinham os filhos,
genros ou outros familiares desempregados, porque elas são dotadas de uma
sensibilidade e de um espírito de sacrifício que as leva a “dar a camisa”, como
se costuma dizer.
Todos podemos contribuir com
o nosso esforço, com as nossas atitudes e, ao menos, com as nossas palavras
para que todos nos juntemos, num movimento solidário para ajudar quem precisa. Deus
dotou cada um de nós com dons diferentes, mas todos eles úteis. Há, portanto,
sempre uma forma de ajudar.
Talvez alguém se sinta
tocado por estas palavras e resolva agir.
Lindonor Silveirinha
Publicado por Evoluir em 15 de setembro de 2013
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
José Carlos Balacó Moreira
TURISMO EM AVEIRO - Parte III
3 – Vouguinha
![]() |
Vouginha de Ontem |
Ainda no âmbito deste tema não podemos esquecer uma outra capacidade que a região possui e que não tem sido aproveitada, segundo suponho por incapacidade ou desinteresse da CP, uma vez que material existe e está disponível em vários locais, nomeadamente no “museu” de Macinhata do Vouga. Há dias, tentamos visitá-lo mas nem sequer foi possível visto que se encontrava encerrado sem qualquer explicação justificativa.
È evidente que seria necessário proceder a uma recuperação cuidada da máquina e das carruagens de cada um dos tipos de classes então existentes, que se bem recordo, eram pelo menos três, com os típicos bancos de madeira e, nalgumas delas com inúmeras portas de acesso a cada fiada de bancos!
Em tempos, o Restaurante da Pateira de Fermentelos, organizou algumas viagens nas automotoras do serviço normal até à Sarnada, com regresso de autocarro visitando alguns locais de interesse no trajecto de regresso. Há dias, este mesmo diário noticiou idêntica iniciativa de uma outra entidade.
É pena que não esteja a ser aproveitada esta potencialidade local, pois quem frequentemente assiste na TV, a que nos mais diversos locais do mundo são recuperadas com o maior empenho velhas máquinas a vapor e carruagens colocando-as ao serviço de itinerários extremamente interessantes, é lamentável que não possamos proporcionar aos turistas, no período de Maio a Setembro, tão agradáveis viagens ao longo do Vouga.
Dado que, até agora, as inúmeras tentativas já realizadas, não tiveram continuidade e, para além do facto de não ter sido utilizado o material original, espera-se que possam vir a conhecer um desfecho diferente, pois estamos certos de que, com o empenhamento
È evidente que seria necessário proceder a uma recuperação cuidada da máquina e das carruagens de cada um dos tipos de classes então existentes, que se bem recordo, eram pelo menos três, com os típicos bancos de madeira e, nalgumas delas com inúmeras portas de acesso a cada fiada de bancos!
Em tempos, o Restaurante da Pateira de Fermentelos, organizou algumas viagens nas automotoras do serviço normal até à Sarnada, com regresso de autocarro visitando alguns locais de interesse no trajecto de regresso. Há dias, este mesmo diário noticiou idêntica iniciativa de uma outra entidade.
![]() |
Vouginha de hoje |
Dado que, até agora, as inúmeras tentativas já realizadas, não tiveram continuidade e, para além do facto de não ter sido utilizado o material original, espera-se que possam vir a conhecer um desfecho diferente, pois estamos certos de que, com o empenhamento
Publicado por Evoluir em 25 de Junho de 2013
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
José Carlos Balacó Moreira
TURISMO EM AVEIRO - Parte II
2 - Circuitos fora da cidade
Cascata da Cabreia - Sever do Vouga |
2 - Circuitos fora da cidade
Há muito que se ouve dizer que os
turistas permanecem pouco tempo em Aveiro, provavelmente porque não lhes são
fornecidas propostas apetecíveis que os prendam por mais tempo.
Quem já teve a oportunidade de
sair do país verifica que, na maior parte dos hotéis, estão disponíveis programas
de excursões de meio-dia ou de dia inteiro para visitar os arredores da
localidade onde nos encontramos, em autocarro, que recolhe os interessados e os
leva de volta aos hotéis.
Lembro-me de há anos ter ouvido
falar que uma recém-formada em turismo se propunha montar um serviço deste tipo
mas como não teve o apoio formal do turismo local, confirmando o interesse
desta iniciativa, (não apoio financeiro porque dele não necessitava), não lhe
foi possível dar seguimento ao projecto por dificuldade na obtenção da
respectiva licença para o efeito, que carecia da informação do turismo acima
referida.
Parece evidente que será do maior
interesse este tipo de oferta para visita de diversas zonas dos concelhos
vizinhos, os do interior: Arouca, Sever do Vouga, Castelo de Paiva; outros mais
a ocidente: Águeda, Ovar, Oliveira de Azeméis onde há paisagens maravilhosas,
moinhos, quedas de água, o geoparque, museus regionais, igrejas, capelas e
mosteiros para além dos concelhos situados a Sul: Anadia, Oliveira do Bairro e
Mealhada, permitindo percursos da rota dos vinhos.
Como sugestão, julgo que no
decurso de alguns destes passeios, seria interessante que se lhes
proporcionasse, por exemplo, um lanche típico constituído por broa, azeitonas,
chouriço, presunto e vinho, em tasca(s) previamente seleccionada(s) que é algo
que certamente muito apreciariam.
Com o espírito de iniciativa e
empreendedor que é reconhecido aos aveirenses, é hora de alguém pensar seriamente
em montar um serviço deste tipo, pois estou certo que virá a conhecer um êxito
progressivo a curto prazo.
Publicado por Evoluir em 24 de Junho de 2013
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
José Carlos Balacó Moreira
TURISMO EM AVEIRO - Parte I
Este é um aspecto que venho
acompanhando com atenção até porque todos reconhecem ser uma das mais
importantes fontes de receita da economia nacional e, que, como tal deve haver
o maior cuidado na sua valorização. Em relação a esta matéria, oferecem-se-me
mencionar alguns aspectos que considero mais relevantes.
1 - Passeios na Ria
Há algum tempo, por dever de
cortesia, participei num desses passeios para acompanhar um grupo de amigos que
visitaram a cidade e fiquei decepcionado com a impreparação dos guias que se
limitaram a referenciar alguns edifícios que iam surgindo na passagem, uma
breve alusão às marinhas e pouco mais.
![]() |
Proa dum barco moliceiro |
Tal como o reconhecia há dias
numa entrevista ao Diário de Aveiro um dos operadores, estes barcos não são
Moliceiros!
Nestas circunstâncias, torna-se
indispensável, como mínimo, que em cada barco, exista um modelo reduzido de um
Moliceiro, com toda a palamenta que os equipava, não esquecendo os utensílios
utilizados na preparação das refeições e os agasalhos para poderem pernoitar na
proa. Apoiados nestes modelos poderiam explicar para que serviam os diferentes
utensílios na faina do moliço. Deveriam explicar igualmente as diferenças entre
os moliceiros, os saleiros e os mercanteis no que se refere à respectiva
configuração e tipo de utilização. Finalmente, era importante ainda mencionar
os três tipos de deslocação das embarcações em função das circunstâncias de
cada momento: à vela, à vara ou à sirga.
Na situação actual nem a própria
juventude aveirense sabe realmente como eram os moliceiros. Assim, seria
![]() |
Ré de um barco moliceiro |
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
DESMANDOS DA LÍNGUA PORTUGUESA
José Carlos Balacó Moreira
Sou um defensor acérrimo da
utilização correcta da língua portuguesa, a quinta mais usada em todo o mundo
e, como tal, procuro estar, o mais possível, a par de tudo o que os linguistas
de reconhecido mérito têm escrito sobre a matéria. Infelizmente, porém, assistimos
diariamente ao seu péssimo tratamento em múltiplos dos seus aspectos que passo
a particularizar:
1 - Acordo ortográfico!
Para que exista um acordo é
necessário que as partes interessadas assumam um compromisso real, o que se verifica
não ser o caso.

Tem circulado uma carta aberta
dirigida por uma mãe ao Ministro da Educação, em Março de 2012, com
conhecimento à Professora da filha, à Associação de Pais e ao Agrupamento de
Escolas, (que o signatário poderá disponibilizar a qualquer leitor interessado)
perguntando se o mesmo poderá dar uma garantia absoluta de que a nova grafia se
vai manter para o futuro, ou, se dadas as indefinições acima mencionadas, os
alunos a quem agora está a ser ensinada essa nova ortografia, daqui a algum
tempo não terão que reaprender a escrever. É uma exposição completa e
rigorosíssima das várias deficiências do “Acordo, incluindo referências a
aspectos pedagógicos, jurídicos e linguísticos.

Pelo que se antevê que, muito provavelmente o mesmo poderá vir a acontecer com
os restantes membros dos PALOP, o que agravará ainda mais a situação delicada a
que a insensatez acima referida conduziu.
Temos conhecimento de que vários
autores portugueses, cujas obras têm tido larga difusão no Brasil, não
autorizaram que ortografia dos seus textos fosse alterada!
Neste contexto, é com espanto que,
em artigos de alguns colaboradores do DA, ainda conste em nota “este artigo
foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico”. Qual acordo? Entre que parceiros?
Esta atitude é tanto mais
estranha se atentarmos no facto de que nenhum dos outros países, antigos
colonizadores, cuja língua passou a ser a expressão oficial nas suas
ex-colónias, nunca tiveram a mínima preocupação de harmonização fosse do que
fosse em termos linguísticos!
Não será mais uma manifestação de
inferioridade e subalternização da nossa parte que, uma vez que não representa
qualquer mais-valia real?
2 - Utilização exagerada e abusiva
da língua inglesa
Sendo certo que os linguistas
sempre têm afirmado que a língua portuguesa dispõe de termos que permitem
a
tradução integral de qualquer outra língua, não se entende o uso e abuso da
língua inglesa entremeando um qualquer artigo em língua portuguesa.
Um destes dias num único artigo
publicado no DA, num quarto de página e a três colunas, encontrei só as
expressões: ”pitch bootcump”, “mindset”, framework”, “feedback”, start-up”,
“cluster”, “spin-off” workshop”! Ainda noutros artigos encontrei frases tais como: “easy airflow”,
“drying efficiency simulator”, “job party”, “network”, “active access”, “life
cycle”. Até o portuguesíssimo “seminário” passou a designar-se no
dia-a-dia por “workshop”. Recentemente surgiu neste jornal o ridículo “coworking”para
significar espaço de trabalho partilhado. Lamenta-se, igualmente que a U.A. dê
uma designação inglesa a um seminário de âmbito meramente nacional, como foi o
recente caso de “Exit Talks”!
Nalguns casos, os autores ainda
se dignam escrever a tradução entre parêntesis quando deveria ser exactamente o
contrário, isto é, escrever o termo português e, para mostrarem que sabem inglês,
escrever este entre parêntesis.
Porquê este tipo de procedimento
sendo certo que qualquer cidadão, mesmo de cultura mediana, não entende o
significado de tais expressões, gorando-se, assim, o que se admite ser o
objectivo do escrito que, logicamente, seria o de se entender a ideia ou a
informação que o mesmo pretenderia transmitir?
O que antecede é igualmente
válido nas expressões orais de entrevistados ou comentadores de TV, convencidos
que “brilham” ao intercalarem no seu discurso alguns termos ingleses!
È hora de autores e oradores
repensarem esta situação porque, decididamente, o objectivo não é atingido,
antes deixa uma impressão desagradável!
3 – Comunicações escritas e
orais
Seria natural partir-se do
princípio de que a condição essencial básica para a obtenção da carteira de
jornalista fosse o manuseamento correcto da sua ferramenta de trabalho, isto é,
a língua portuguesa.

Apenas a título de exemplo, e por
serem os mais frequentes, destaco os verbos haver, tratar e intervir, em
relação aos quais lemos e/ou ouvimos frases como, por exemplo: “ … haverão
mais novidades … ou, … embora hajam mais coisas …” … tratam-se de
várias espécies…”, “… tratam- -se de situações delicadas …“ … o
representante, interviu, afirmando …”, “… vários presentes interviram
para dizer …” No que se refere às concordâncias não parece necessário dar
exemplos pois parto do princípio de que,
pelo menos, saibam o que tal significa!
É claro que este tipo de erros é
comum tanto na comunicação escrita como na oral, nomeadamente nos locutores das
TVs, nos políticos comentadores de TV e até em alguns membros do Governo.
Uma outra demonstração de
ignorância prende-se com o não saberem em que posição deve utilizar--se o
pronome reflexo “se”. De acordo com a situação, deverá ser inserido, ou antes
ou depois da palavra. Por exemplo: “quando se forma uma fila” ou, numa
situação, deverá ser, por exemplo, “eles foram-se embora”.
Em termos orais, não há um único
locutor capaz de pronunciar correctamente a palavra “helicóptero”. A versão
mais aproximada é de “ilcóptero”. Na pronúncia da palavra “porque” colocam sistematicamente
a acentuação na primeira sílaba, quando o correcto é exactamente na segunda. Nas
reportagens, nenhum profissional é capaz de dizer três ou quatro palavras sem
pronunciar, sem qualquer razão, a palavra “então” que se repete indefinidamente
ao longo da sua intervenção!
4 - Tradução
Neste aspecto tem havido algumas
situações que, como traduções livres, poderão ser aceitáveis.
Todavia, o termo “nomeado” como pretendendo
ser o significado adequado do termo inglês “nominee”, que agora aparece a
propósito de todo e qualquer concurso, constitui, para mim, um vírus de
tradução introduzido pela SIC (não pelo seu representante junto do sector do
cinema que sempre o traduziu correctamente, mas sim por terceiros) e que, como
sempre, neste país, o que está errado generalizou-se rapidamente.
A tradução correcta de “nominee”
é: escolhido, indigitado, ou seleccionado. O termo inglês para
significar nomeado é “appointed”.
A incongruência reside no facto
de que, na língua portuguesa, o termo “nomeado” representa um acto efectivo,
concreto, real. Os verdadeiros significados de “nominee” que acima se indicam
têm apenas valor de probabilidade de o acto vir ou não a concretizar-se, como é
o caso dos candidatos à obtenção de determinado prémio ou galardão.
Este constitui mais uma daquelas
atitudes de acções “sobre o joelho”, irresponsáveis, infelizmente tão típicas
do povo português.
Todas as situações expostas não
são mais do que a confirmação da falta de rigor, que tanta desgraça tem trazido
ao nosso povo que, infelizmente, vai orientando a vida segundo o tão
característico princípio do “mais ou menos” e do desenrasca.
Publicado por Evoluir em 25 de Maio de 2013
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
José
Carlos Balacó Moreira
AUSÊNCIA DE TOPONÍMIA NO CAMPUS DA U.
A.
Sou ainda do tempo em que as
actividades da nossa Universidade se iniciaram em instalações cedidas pelo CET
– Centro de Estudos de Telecomunicações, onde logo na época foram promovidas
uma série de conferências abertas ao público, extremamente interessantes.
Seguiu-se, passado algum tempo, a
construção do pavilhão pré-fabricado junto da cadeia, que ainda hoje existe,
bem como a antiga cantina, núcleo este que, não era mais do que o “purgatório”dos
diferentes Departamentos que, entretanto, foram sendo criados e que aí foram
sendo albergados até que viessem a ser construídas as respectivas instalações
próprias, começando então a surgir o verdadeiro Campus.
Nessa época, era fácil encontrar
qualquer um dos Departamentos com que se pretendesse contactar!
Passaram-se 40 anos e a Universidade
cresceu no seu todo e, naturalmente no espaço para implantação das diferentes
infra-estruturas que foram sendo criadas, ocupando hoje uma vasta área com um
emaranhado de edifícios, várias ruas e vias de acesso pedonais, conjunto este
que constitui uma verdadeira cidade.

Todavia, constata-se que
infelizmente, por razões que se desconhecem, não se procedeu à identificação,
de modo bem visível, das estruturas existentes, situação esta, hoje em dia
inconcebível, tanto mais que a Universidade até dispõe de um Departamento de
Comunicação e Arte que reúne as condições para elaboração da sinalética
indispensável para que qualquer cidadão possa aceder ao Departamento, Centro de
Estudo, Instituto ou algo similar com a maior facilidade.
Começa por ser indispensável que,
com caracteres de dimensões bem visíveis, encimem as entradas principais de
cada uma das edificações referidas, não esquecendo que, no caso daquelas que
têm mais do que uma entrada, esta deva igualmente ser assinalada, como é o caso
de alguns edifícios com entrada pelo corredor pedonal.

O que se descreve constitui, o
mínimo dos mínimos, em termos de orientação no âmbito de Campus.
Como contra-ponto, Universidades
mais recentes que a de Aveiro, desde o início, tiveram a preocupação de que
quem as visitasse pudesse encontrar facilmente o local pretendido de modo
prático e rápido, instalaram nos passeios, sinalética de orientação (setas) bastante
mais detalhada indicando a proximidade do edifício A ou B ou a direcção a
seguir para o atingir.

Os próprios aveirenses, que por
qualquer motivo tenham de deslocar-se à Universidade, sentem sérias
dificuldades em acederem aos locais que pretendem sem terem que fazer uma série
de perguntas que os orientem, já para não falar na situação de quererem ir
mostrar o Campus a alguém que visite a cidade!
Este poderá parecer um tema pouco
importante, mas é, antes pelo contrário, verdadeiramente pertinente.

Magnífico Reitor vire a Universidade
verdadeiramente para o exterior para que todos possam conhecê-la. É isso que os
aveirenses, mas não só, esperam que aconteça em tempo útil, mesmo apesar da
crise, ou talvez mesmo por causa dela!
Publicado por EVOLUIR em 26 de Março de 2013
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
O TRAUMA DO RUÍDO NOS ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE!
José Carlos Balacó Moreira
Na sequência de um grave acidente
de que fui vítima, no dia de Natal de 2007, considero pertinente, uma chamada
de atenção dos responsáveis para alguns factos que entendo inadequados na
vivência do dia a dia de alguém internado num estabelecimento de saúde.
Fundamento-me, na dura experiência
que vivi ao longo de vários internamentos, quer em hospitais públicos, quer em
clínicas privadas, que totalizaram mais de 180 dias.
Embora ainda existam em alguns
hospitais os dísticos solicitando - SILÊNCIO - não passam de meros objectos
decorativos.
Ninguém imagina o profundo TRAUMA
que é causado nos doentes, pelos vários tipos de RUÍDO em particular naqueles que
estão sujeitos longos períodos de internamento.

Outras fontes de ruído são os carros
de transporte da alimentação e das roupas cuja deslocação causa um enorme ruido
que ecoa pelos corredores dado o tipo de rodas utilizadas concebidas há muitos
anos e nunca actualizadas, a que acresce o deficiente sistema de acondicionamento
dos tabuleiros da alimentação. Será assim tão dispendiosa a substituição do
sistema de rodas e encontrar um sistema de fixação dos tabuleiros adequados?

Ainda em relação às visitas,
haverá que encontrar igualmente uma solução pelo enorme incómodo que causam a
terceiros uma vez que falam muito alto sem que ninguém lhes chame a atenção.
Este facto é constatável quer quando visitam uma enfermaria com 3 ou 4 camas,
como o é igualmente em relação a quartos separados de um estabelecimento
hospitalar privado.
Como ressalta evidente, os
diferentes ruídos, constituem uma questão da maior importância para o bem-estar
daqueles que têm a infelicidade de ter de recorrer a um qualquer tipo de
estabelecimento hospitalar que, como se pode constatar do que antecede, não
facilita, antes é muito prejudicial ao restabelecimento da tão almejada saúde.
Temos consciência de que a alteração
das situações descritas não se consegue de um dia para o outro. Vai ser
necessário usar imensa pedagogia no sentido de modificar mentalidades e
consciencializar verdadeiramente, em primeiro lugar os profissionais de saúde
para os efeitos nefastos do seu procedimento, ainda que tal ocorra de modo
inconsciente.

No que se refere às visitas é
indispensável uma constante e insistente chamada de atenção por parte das
enfermeiras e pessoal auxiliar para que se eduquem as pessoas no sentido de se
mentalizarem de que o seu tom de voz está a prejudicar o bem-estar dos outros doentes.
Espero que este apelo de chamada
de atenção possa chegar aos responsáveis dos hospitais públicos e privados para
que este problema, aparentemente sem importância para quem nunca sofreu na pele
os seus gravíssimos efeitos, possa passar a ser minorado com a pertinência que
o mesmo requer.
Publicado por Evoluir em 5 de Março de 2013
José Luís Vaz

O Centro Cultural de
Belém, a Expo, o Freeport, são mais ingredientes para os duelos públicos, a que
assistimos, disputados sempre pelos mesmos grandes senhores, repletos de razão,
profundamente democratas, legitimamente eleitos, ou se não tiverem sido, serão
sem qualquer sombra de dúvida, eloquentes personalidades, com elevadas
competências e alto sentido de responsabilidade. As mega obras como o TGV, o
novo porto de Lisboa, a construir na Trafaria, são decididas com a ligeireza
típica de quem não tem que pagar a conta. São vendidos a preço de saldo, bens
significativos do estado e gastos com Parcerias Público Privadas somas, essas,
sim, acima das nossas possibilidades, que permitem a alguns engordar com o que
muitos são obrigados a pagar. Desigualdade é uma das armas da estratégia
reinante, parecendo estar fatidicamente ligada a um país em que os mesmos
trabalhadores que cá não trabalham são no estrangeiro preferidos e elogiados
pelo seu desempenho. Gestores e administradores multiplicam por centenas de
ordenados mínimos as suas mordomias. As mulheres continuam a ser preteridas, pelo
simples fato de o serem. No espaço europeu, só Malta é detentora de pior
performance.

O medo está a instalar-se e a dignidade de alguns começa a atingir um elevado preço. Só a poucos é permitido falhar, por pouco, é certo, mas sejamos compreensivos. O senhor do orçamento, acabou de nos brindar com mais um dos seus falhanços. Imagine-se que um orçamento bebé, de dois mesitos, está desactualizado. Com boa vontade, tudo se arranja e, assim, em vez da previsão da recessão de 1%, passamos para o dobro (2%). Coisita pouca… Entretanto, façamos por rir, por ter pensamento positivo, por termos esperança, por acreditarmos… porque o país, vai continuando a viver, a vegetar, a resistir. Quanto aos cidadãos, nada a recear, o povo está porreiro, pá, a democracia deles, há muito que foi de férias.
Publicado
por Evoluir em 27 de Fevereiro de 2013
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
RECADOS - FORMAÇÃO PROFISSIONAL
RECADOS - FORMAÇÃO PROFISSIONAL
José Carlos Balacó Moreira
Este foi sempre um tema
recorrente na colaboração que eu vinha prestando ao DA, a qual foi interrompida
há 5 anos devido a um grave acidente de que fui vítima, no dia de Natal de
2007, mas como sobrevivi, após muito sofrimento e luta, considero que surgiram,
finalmente, as condições para retomar essa colaboração

Não esqueço nunca o argumento
utilizado pelo Ministro de então, que na sequência do PREC decidiu extinguir
aquelas Escolas com o argumento de estarem a ser frequentadas apenas pelos
filhos de portugueses de segunda, enquanto que para o liceu só iam os filhos
de famílias mais abastadas e, como tal havia que acabar com as diferenças e
criar Escolas iguais para todos!
Em nosso entender tratou-se de um
crime de lesa Pátria, cujos autores deveriam ser chamados a prestar contas pelo
enormíssimo prejuízo causado às gerações destas três últimas décadas e,
consequentemente ao desenvolvimento do país.
Neste caso a culpa não foi dos
psico-pedagogos (estes também responsáveis pelos currículos “da treta” hoje em
vigor) mas sim de políticos insensatos e irresponsáveis que, ignorando
totalmente a experiência altamente positiva do ensino técnico, de que resultou
a falta de mão-de-obra altamente qualificada de que o país dispunha e de que
todos falam, mas sem que nenhum Governo, desde então, tenha actuado para
eliminar tal aberração.
Dado que no princípio da minha
vida profissional (que posteriormente tomou outro rumo) tive a honra de ter
sido professor de uma Escola Técnica, que me permitiu conhecer o tipo de ensino
ao pormenor, não posso deixar de prestar a minha mais sincera HOMENAGEM ao
“Mestres das Oficinas” dos diferentes cursos industriais ministrados e aos
“Professores das Disciplinas Práticas” dos cursos comerciais, pela dedicação,
empenho e profissionalismo, que garantiram a elevada qualidade dos
profissionais que frequentaram aquelas instituições.
No que se refere aos programas
ministrados nestes estabelecimentos de ensino, cujo curso completo era de 5
anos, eles eram similares aos seguidos nos Liceus, se bem que mais
simplificados e com menor grau de exigência no que se refere a algumas das
disciplinas, salvo no Português e na Matemática.

Porém, o grande êxito dos cursos
industriais, resultava das várias horas diárias de prática nas oficinas de
serralharia, electricidade, carpintaria, construção civil, cerâmica ou de
outros sectores, conforme as necessidades da região do país onde a Escola se situava,
em que o grau de seriedade e exigência era tal que, ao concluírem os seus cursos,
os jovens estavam aptos a desempenhar qualquer tarefa dentro do seu ramo, sem
necessidade de qualquer tipo de estágio complementar.
No que se refere aos cursos
comerciais, os programas incluíam, além das já referidas disciplinas de
carácter geral, contabilidade, caligrafia, dactilografia, direito comercial,
para além de outras que agora não me ocorrem. Também neste caso, a sólida
preparação obtida, fruto das inúmeras horas de trabalhos práticos, com igual
grau de seriedade e exigência, permitiam aos ex-alunos que, sem necessidade de
qualquer tipo de estágio complementar, encarassem o seu primeiro dia de
trabalho num escritório como se sempre lá tivessem estado, isto é, sem qualquer
receio, visto que a preparação recebida correspondia ao que deles se esperava
na vida prática.
Muitos dos actuais responsáveis
pelo ensino desconhecem que os profissionais de ambos os sectores constituíram,
ao longo dos tempos, o sustentáculo das principais empresas do País, que hoje
em dia começam a encontrar sérias dificuldades na renovação dos seus quadros
técnicos, por falta de profissionais devidamente qualificados que actualmente,
já estão ou vão a caminho da aposentação, sem que haja substitutos minimamente
à altura, tal como pode constatar-se frequentemente através dos meios de
comunicação social.
Acrescente-se que, em alguns
casos, a simples menção do nome da Escola onde tinham concluído os cursos,
constituía um cartão de apresentação para o acesso ao novo emprego.
Ignorando todos os aspectos acima
mencionados foram desbaratados muitos milhares em curso de formação
profissional com os mais diversos rótulos que apenas serviram que os seus
promotores ganharem dinheiro
Actualmente, se houver ainda
algum Centro de Formação Profissional onde o ensino seja realmente de qualidade,
onde a ordem, o método e o elevado grau de exigência sejam os parâmetros
fundamentais porque se regem, tal êxito resultará certamente do facto de terem tido
a visão de seguir a metodologia a que acima fizemos referência e, sobretudo
porque, para além do mais, terem tido a sensatez de irem buscar ainda algum dos
antigos Mestres e Professores das Escolas Técnicas para ministrarem a
componente prática dos cursos.
Acabe-se com os milhentos cursos
profissionais de lápis e papel, muitos dos quais nem se sabe para o que servem
e cuja empregabilidade é altamente duvidosa.

Cada país tem o seu modelo, de
acordo com a maneira de ser dos seus cidadãos. Neste caso, porém, não
precisamos de lições de ninguém. O sistema dual alemão não funciona em Portugal
pela simples razão de que o ensino prático que se pretende que seja feito nas
fábricas ou nos escritórios não resulta como o demonstraram à saciedade os
milhentos cursos a que antes nos referimos. As empresas precisam é de gente competente
capaz de desempenhar as tarefas com profissionalismo. Esta solução serviria
apenas para que as empresas tivessem mão-de-obra gratuita durante uns tempos
sem que daí resultasse qualquer benefício efectivo para o estagiário.
Sendo certo que é ao Estado e não
a outrem, que cumpre criar as condições que permitam a preparação cultural e
técnica dos cidadãos, ninguém consegue entender o porquê desta
irresponsabilidade de todos os Governos desta última trintena de anos que
deixaram que se atingisse este grau de incultura e impreparação profissional de
grande maioria da população!
Não venham com a desculpa da
falta de meios. Responsabilizem antes, como agora se diz, a falta de vontade
política para a solução do problema.

No entanto, com verdadeiro
interesse, empenho e seriedade, alguma
coisa se pode fazer no sentido de se começar a remediar este descalabro a que
chegamos. A receita é muito simples.
Haja a humildade de refazer as
diversas antigas Escolas Técnicas existentes em diferentes zonas do país, que no
que se refere a instalações, elas continuarão, certamente, a revelar-se as
adequadas a este tipo de ensino uma vez que foram concebidas com este
objectivo, readaptem-se-lhes os antigos currículos, com as necessárias actualizações
proporcionadas pela evolução dos meios sem, todavia, reduzirem o número de
horas de prática, então exigidas em qualquer dos sectores em apreço,
actualizem-se os equipamentos das oficinas e os gabinetes do sector comercial,
contratem-se profissionais experientes e sérios, que com a sua experiência,
conhecimento e brio profissional, transmitam aos alunos, nos mesmos moldes e
grau de exigência a sólida preparação que então receberam, porque os antigos
com esta qualificação já não existem e assim, ao fim de 5 anos, voltaremos a
ter profissionais de que o país orgulhar-se possa

Será igualmente da maior
utilidade a possibilidade de após a conclusão do Ensino Primário proporcionar
aos alunos, gratuitamente, testes de orientação profissional para que desde o
actual 5º ano, os alunos possam seguir directamente esta via e os resultados
aparecerão, certamente, muito positivos.
A experiência dos assim
designados cursos de formação profissional que tanto dinheiro desbaratam ao
longo de todos estes anos, é francamente negativa.
Também não se volte a invocar o
falso argumento da impossibilidade de acesso à Universidade porque se for esse
o seu desejo, o aluno dispõe dos mecanismos necessários para o efeito.
A extinção dos antigos Institutos
Industrial e Comercial e a sua substituição pelos Institutos Politécnicos foi
outro erro grave porque estes não são “nem carne nem peixe” enquanto os antigos
usufruíam da experiência prática dos alunos provenientes das Escolas Técnicas,
complementavam a componente teórica produzindo competentes profissionais, então
designados por Agentes Técnicos de Engenharia (hoje Engenheiros Técnicos) e
Guarda-Livros (hoje Técnicos Oficiais de Contas), que, se assim o desejassem,
prosseguiam estudos nas universidades.
Estes constituíram o segundo
conjunto de profissionais que suportaram os tecidos industrial e comercial
deste país nas últimas três décadas e que são merecedores da nossa mais elevada
estima e consideração pelo valioso contributo para o êxito das empresas com que
colaboraram.
Ponham-se os pés bem assentes na
terra com seriedade, reconhecendo com humildade, os inúmeros erros cometidos e
procure-se, com urgência e com verdadeiro empenhamento, colmatar esta enorme
lacuna que envergonha o país, a qual causou, um prejuízo irreparável às
gerações dos últimos 30 anos.
DORES TOPETE
Que
assistência temos na saúde e que assistência queremos

Acredito
que a diferença, a existir, seria no “luxo” das instalações, que deve ser pago
por quem opta pelo mesmo, e nunca nos tratamentos em si.
Estive
internada no hospital da Arrábida para ser submetida a uma intervenção
cirúrgica e também frequento o mesmo hospital, sempre que tenho que recorrer às
consultas. Serve isto para fazer uma reflexão sobre a forma como fui tratada e
penso poder fazê-la por ter termo de comparação com internamentos que já fiz
noutras instituições.
Sou beneficiária da ADSE e, por ter necessidade de ser vista por um ortopedista com brevidade, já que me encontrava em sofrimento intenso, recorri uma vez mais aos serviços do hospital da Arrábida.
O
médico, depois de me observar, disse-me o que eu já sabia há muito: estava sem
qualidade de vida, em grande sofrimento e não via como eu poderia reverter a
situação sem uma colocação de prótese.
Decidi
que era chegado o momento, não tinha qualquer hipótese de ser intervencionada
em tempo aceitável num hospital público, como a situação exigia, confiava no
especialista e, por isso, optei por marcar a intervenção.
Foi-me
dado um orçamento com a importância que deveria pagar como comparticipação da
minha parte enquanto beneficiária da ADSE.
Quinze
dias após a primeira consulta dava entrada no bloco para ser operada.Como já
devem ter percebido, nunca num hospital público isto acontece, mas não ficamos
por aqui.
Fui
tratada por todo o pessoal desde administrativo, auxiliar, enfermagem, técnico
e médico como deveriam ser tratados todos os doentes. Com humanismo, carinho,
interesse com a presença física à cabeceira, sem demoras, sempre que tocava a
campainha. Sorriam, auxiliavam-me… Sempre que pedia desculpa por considerar que
tinham mais doentes, especialmente na noite em que eu chamava com frequência
por me estar a ser difícil, respondiam sempre que não pedisse desculpa, pois
estavam ali para me ajudar e era importante que eu sofresse o menos possível.
Fui
assim tratada com esse desvelo durante os quatro dias que permaneci no
internamento. Primeira
questão: Porque é que nos hospitais públicos temos que esperar anos por uma
cirurgia?
Segunda
questão: Como é possível que, desde o início até ao fim do turno, por muito
duro que o mesmo seja, os profissionais sejam uma presença constante, afável,
interessada humana, que nos faz sentir como seres humanos e não como mais uma
vida numa cama que é preciso aturar até que o turno acabe?

Afinal
a humanização não fica mais cara; os profissionais que trabalham no privado são,
em grande percentagem, profissionais que também trabalham no público, e fazem
turnos no privado. Porquê a mudança no trato? Será porque a seleção e o
controlo dos profissionais é feita pelas chefias no privado com mais rigor e
observância? Se assim é, comecemos por aprender com a gestão dos privados por
forma a termos um melhor, um mais humano e um mais rápido serviço público de
saúde.
Quando
referi que estou à vontade para fazer este paralelismo entre público e privado,
posso garantir que estou. Infelizmente para mim tenho algumas más experiências
de internamentos hospitalares em hospitais do nosso país, mas quero aqui deixar
claro que também tenho algumas recordações de profunda empatia e humanismo.
EVOLUIR agradece ao autor este texto para publicação
José Balacó Moreira
A CONSTITUIÇÂO DA REPUBLICA PORTUGUESA estabelece que todos os cidadãos são iguais perante a lei.

No caso em apreço a dita igualdade deverá traduzir-se pela disponibilização a todos de, rigorosamente as mesmas condições de aprendizagem, isto e, o mesmo livro para cada disciplina.
Não faz qualquer sentido que, por exemplo um aluno de Caminha utilize um livro diferente de um seu colega da Ilha do Pico, ou de Coimbra, ou da Madeira, ou de Lisboa! Chega-se ao cúmulo de que, dentro da mesma cidade, cada escola adapte o seu livro, diferente da sua congénere, a que acresce o facto de mudarem de livro de ano para ano, não permitindo que, um eventual irmão, amigo ou familiar, possa vir a utilizar o mesmo livro.
Não chegaram quase quatro décadas para que os diferentes Governos tivessem feito um exame de consciência acerca das opções erradas que tomaram, não só em relação a este assunto mas a tantos outros, que tantos males têm causado ao país?
Criou-se uma mentalidade do“mudar por mudar” só para ser diferente sem se verificar cuidadosamente se a alteração adoptada realmente funcionava e era melhor do que a que estava em uso, sendo esta geralmente destruída antes da referida constatação. Nem nunca houve a humildade de recuar ao verificar-se que a mudança afinal não tinha trazido os resultados esperados.

Urge perguntar de que mais precisa um aluno para além do livro de texto com a matéria da disciplina e um simples caderno para fazer os trabalhos que lhe dizem respeito? A excepção é o caso da matemática, em que o livro de texto deve vir acompanhado de um outro livro com centenas de exercícios para praticarem, tendo no final o simples resultado a obter (a este propósito a capa verde do velho Palma Fernandes que se calhar ainda hoje era útil).

É urgente que o Governo pense nas imensas dificuldades e sacrifícios que as famílias estão a passar para poderem proporcionar os meios básicos indispensáveis à educação dos filhos!
Já que falamos de matemática, façamos mais um parêntesis para lembrar que o actual Ministro da Educação, enquanto comentador politico na televisão, se fartou de afirmar repetidamente que era internacionalmente reconhecida a importância de que todos os alunos soubessem a tabuada, não só indispensável para a disciplina de matemática propriamente dita, mas igualmente útil no desenvolvimento de raciocínio para outras disciplinas. Que me conste, até agora, não foi dada nenhuma instrução específica às Escolas Primárias no sentido de porem as crianças, como agora se diz, a adquirirem esta competência, passando a saber a tabuada “na ponta da língua”, como então se dizia. Será que os(as) psicopedagogos(as) acharão traumatizante, porem-se as crianças a cantar a tabuada como outrora se fazia? Ou será que os que promoviam este método eram gente retrograda, ou que as inúmeras gerações a que o método foi aplicado eram constituídas por atrasados mentais?

Este é o tipo de situação que eu conheço bem porqur, ao longo de grande parte da minha vida, tive ocasião de acompanhar de perto a metodologia seguida para a adopção de LIVROS ÚNICOS, porquanto a minha mãe foi reitora de um liceu durante vários anos, o que me permitiu constatar quão simples e sérias eram os métodos que passo a descrever.
Cerca de um ano do termo da vigência dos livros que estavam a ser utilizados, que era geralmente de quatro anos, o Ministério da Educação abria um concurso para que as editoras concorressem às diferentes disciplinas entregando no referido Ministério um certo número de exemplares de cada livro no prazo estabelecido no concurso.
Em seguida, o Ministério determinava que os reitores e/ou os directores dos estabelecimentos de ensino, aleatoriamente de entre os diversos distribuídos pelo país, indicassem um professor para vir a integrar uma comissão de avaliação dos futuros livros a adoptar, cuja composição já não posso precisar, mas que variava entre 5 e 7 elementos por cada disciplina.
Na data indicada pelo Ministério, esses professores deslocavam-se a Lisboa, onde lhes eram entregues os exemplares dos livros concorrentes, faziam uma pequena reunião com os seus pares para troca de impressões e marcação da data da reunião de análise final dos livros, que tinha lugar nas instalações do Ministério, cerca de dois meses após a recepção dos exemplares.
Nas datas previstas reuniam as Comissões das diferentes disciplinas, em relação a cada uma das quais era elaborada uma acta detalhada de apreciação de cada livro concorrente, concluindo pela escolha de um deles como LIVRO ÚNICO dessa disciplina para todo o território nacional pelo período acima referido, o qual na edição posta a circular era impressa uma chancela indicativa da aprovação e o número do respectivo exemplar.
Como ressalva evidente, as vantagens eram óbvias, quer porque não só se cumpriam os critérios de igualdade de todos os cidadãos perante a lei, quer ainda e sobretudo, porque o preço dos livros era naturalmente muito mais barato. Qualquer leigo perceberá que fazer, por exemplo, mil exemplares ou cem mil exemplares do mesmo livro, para este volume, os custos por exemplar serão, naturalmente, muitíssimo mais reduzidos.
Como já acima referimos, daquilo que fomos ouvindo ao longo dos anos na qualidade de comentador da TV, do actual Ministro da Educação, alimentámos alguma esperança de que para os livros escolares fosse determinada uma via do tipo da que vimos expondo para benefício de todos: pais e filhos! Infelizmente esta é mais uma matéria cuja solução vem sendo esquecida!
Sendo este um problema premente que, pelos motivos mais do que evidentes carece de uma solução urgente, não se percebe a inércia dos responsáveis! Esperemos que algum leitor influente em termos políticos chame a atenção de quem de direito para que esta situação possa ser alterada no mais curto prazo, obtendo-se livros com melhor qualidade de conteúdos, a preços justos e iguais para todo o território nacional.
Este é um desafio que eu lanço, desde já, aos Senhores Deputados dos diferentes partidos representantes do Distrito de Aveiro na Assembleia da Republica, dos quais se espera o adequado empenhamento nesta matéria, ate porque com a alteração acima referida, sem dúvida benéfica para todos os cidadãos, os interesses do Estado não saem lesados, ao contrário do parece poder estar a acontecer com a dificuldade na retirada dos pórticos da A25!
EVOLUIR congratula-se com a sua adesão a este blog e felicita-se por poder disfrutar da sua reflexão tão oportuna nos tempos que estamos a viver.
ResponderEliminarEsperamos poder continuar a contar com a sua colaboração.
Em meu nome pessoal quero agradecer este texto para reflexão. Por falar na matemática, recordo-me que comprei o caderno da tabuada e pus os meus filhos a dar toques numa bola e cantarolando-a ao mesmo tempo. E, tenho a certeza, que apesar de usarem as novas tecnologias ainda não a esqueceram, tal como nós.Mas enquanto os governos deste pais estiverem enfeudados aos lobbies o problema vai continuar. É necessário que vozes como a sua não se calem. Obrigada José Balacó Moreira pelo seu contributo tão pertinente. Espero e desejo ver mais artigos seus publicados no nosso blogue.
ResponderEliminarO seu artigo é realmente muito oportuno e possibilita-nos inúmeras reflexões acerca da forma e do conteúdo do ensino que está a ser ministrado aos nossos netos.A instabilidade da sociedade dos nossos dias tem passado também para a escola e assistimos a uma panóplia de acontecimentos que se vão arrastando sem solução à vista. Para já gostaria de abordar o peso excessivo que as nossas crianças transportam às costas todos os dias e que lhes provoca, muitas vezes, más formações que se manifestam ao longo da vida. Tudo seria mais simples se os livros não saissem das escolas como se faz em muitos países. Para além da maior e melhor mobilidade das crianças os livros poderiam, como diz e muito bem, ser reutiilizados por qualquer outro aluno.
ResponderEliminarGostei muito do conteúdo que nos apresenta e de certeza que voltarei aqui para continuar a refletir consigo. Este blog é mesmo isso: uma troca de ideias, de conceitos e de saberes.
Fico à espera de mais participações!
O seu artigo é de tal forma abrangente que toca a mairia dos problemas do nosso ensino. Não sou um especialista, mas reputo de muito importante a sua opinião, quando refere a falta de sensatez e seriedade a que eu acrescentaria, também de inteligência. Também filho de docentes, cedo comecei a conviver com criticas ao ensino,o do meu tempo. Vivi o início escolar da minha filha mais velha com a intensidade, de quem, com enorme satisfação desejava "descobrir" os livros e os novos métodos,de um novo ensino que, no fundo, emendasse os erros do passado. A partir da entrada dela no então chamado "Ciclo", foi uma deceção! No próximo ano escolar, vai iniciar-se, noutro ensino, o de hoje, a minha primeira netinha. Fico a aguardar, já com menos entusiasmo que em tempos passados, mas com grande espetativa, sobre o estado a que chegou o ensino neste país. Vou esperar para ver, certo, de que hoje temos, felizmente, estes meios que nos aproximam de forma a praticarmos aquilo que a tudo e todos faz falta, até ao ensino: dialogar.Obrigado pela oportunidade que me proporcionou.
ResponderEliminarDORES TOPETE
ResponderEliminarQue assistência temos na saúde e que assistência queremos
humanizar é preciso// humanizar é preciso
E, por isso, é preciso que haja tempo para comunicar e que haja médicos e enfermeiros sem olhar de robô.
Não discuto, neste momento, público ou privado, discuto consultas feitas, todo o tempo, com os olhos postos num computador, discuto consultas em que me explicam, e à minha medida, como posso viver e conviver com a minha situação.
Discuto profissionais de saúde com atitude nota vinte e agir de compêndio e profissionais sabedores, atentos e humanos.
DISCUTO OS DIREITOS DO DOENTE E SEUS FAMILIARES!
Comentário "Que assistência temos na saúde..."
ResponderEliminarRespeito completamente o que exprimes no teu texto. Entretanto, faz-me muita confusão, que em hospitais (8, se não estou em erro) públicos, administrações não estatais ou privadas, depois de colocadas lá para demonstrarem a sua eficácia, tenham tido resultados ainda piores que os outros do estado. Eventualmente, seremos obrigados a pensar que o problema está, acima de tudo, na mentalidade, ou na falta dela, quando se trata de gerir a "coisa" pública. A saúde não é um oasis. O que é que no nosso país não funciona assim? HONESTIDADE PRECISA-SE.
Que assistência temos na saúde. É verdade Dores. Eu já tive experiência nos dois setores.
ResponderEliminarA diferença, é substancial. Nada tem a ver.
Realmente, preguntas e muito bem; por que motivo as mesmas pessoas prestam serviços tão diferentes em instituições de estado ou particular?