Graciete
Manangão
Quero devorar
A vida
Não quero
Que a morte me devore
Não quero viver
Morrendo…
Quero devorar
A vida
Antes que a morte
Sempre mais forte
Me devore
Quero vencer o tempo |
Não quero
Queimar horas
Num tempo vazio
Quero vencer o tempo
E viver, viver!
Quero devorar
Os tempos
Do meu viver.
Saboreando rosas e rochas
Calcando montes e pontes
Semeando beijos e desejos
E mais, muito mais,
Cada vez mais
em cada hora que passa
Sem eu saber…
E antes que o tempo
Devore a minha vida
Quero vencer
o tempo
Feito de terra e de pó.
Sim, quero viver!
Sim, também eu quero viver o meu tempo com amor sem que ninguém me amordace, me pise, me esmague. Não quero viver com rancores nem ódios. Também eu quero viver o meu tempo dentro do meu tempo.
ResponderEliminarGostei deveras deste poema.
Obrigada Graciete
O poema faz-me lembrar "James Dean" em Fúria de Viver,dos anos 50, in english "without a Cause". Há que dar expansão ao sentimento e agir...
ResponderEliminarAs palavras revelam também um pouco de intranquilidade e ou insatisfação pela tirania do amorfismo e rotina do quotidiano.
Há horas assim!
Sim; viver o meu tempo com amor,é o que mais desejo. Lindo poema. Obrigada Graciete.
ResponderEliminarUm poema muito enérgico. A recusa duma vida passiva, vazia, semelhante à morte. Gostei muito, Graciete.
ResponderEliminarUm poema muito oportuno na fase que estamos a viver quando a verdade de hoje é a mentira do dia seguinte. Continuamos a contar consigo, Graciete
ResponderEliminarSIM, É COM TODO O GOSTO QUE PARTICIPO, QUANDO TENHO DISPONIBILIDADE E INSPIRAÇÃO...
EliminarOBRIGADA PELO VOSSO INCENTIVO.