quinta-feira, 9 de junho de 2016

Sophia

Helena Maltez



Segundo um desenho a crayon de Carlos Bottelho

Como se um qualquer mistério serenamente fulgisse nos seus olhos
E em seus lábios sussurrasse a folhagem de bosques e jardins

Como se uma alvorada de pássaros voando livremente fora do sonho
Lhe soltasse os cabelos, lhe iluminasse as feições

Como se no interior das coisas ela tocasse a nudez da verdade
E um silêncio aguardasse a voz do poema

Como se cada verso seu fosse raiz e fosse asa.



Helena Maltez ©2016,Aveiro,Portugal

quinta-feira, 2 de junho de 2016

O SOL NA MÃO

©Maria Celeste Salgueiro


Um dia fui contigo passear.
Era um dia de verão ameno e quente.
À nossa volta apenas céu e mar...
O Sol era no alto um facho ardente!

Começaste a correr e a brincar.
De te ver tão feliz fiquei contente.
- Avó , olha estes peixes a saltar,
Olha esta estrada de oiro à tua frente!

Mergulhaste nas ondas sem dizer.
Deixei por um instante de te ver,
Depois, de mãos em concha, tu surgiste!

- Avó,trouxe p´ra ti o mar dourado!
E teu olhar brilhava de encantado...
Tive o Sol na mão, quando me sorriste!

Maria Celeste Salgueiro ©2016,Aveiro,Portugal

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