©Vitor Sousa
Creio
o credo que há em mim.
Na
morte do um deus sem fim.
Na
blasfémia.
No
tormento.
No
lucifer do momento
Em sítios
de assombramento.
Rasgada,
biltre, perdida.
Creio
nas ânsias da guerra
Nascidas
da inquietação
Do comércio
da razão.
Por
um punhado de terra.
Por
um punhado de deus,
Entre
crentes e ateus
Há um
mar de afogamento
De
cadáveres ao relento.
De crianças
que não choram.
Entre
as mortes de uma vida
Rasgada,
biltre, perdida.
Tragam
o sangue inocente
Desta
justiça demente
Onde
uma mão suja a outra.
Este
abismo bolorento,
Vestido
das cores do pranto.
Disfarce
de raiva leda,
Mascarada
de beleza
E
cores fortes de alegria.
Entre
as mortes de uma vida
Rasgada,
biltre, perdida.
Creio
o ódio e a vaidade.
Orgulho,
horror, vingança.
Na
loucura da verdade.
No
apogeu da descrença.
Entre
as mortes de uma vida
Quero
crer que haja esperança…
Vitor Sousa ©2016,Aveiro,Portugal