quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A casa da minha infância

Júlia Sardo


De vez em quando, para meu espanto, dou por mim a recordar coisas da minha infância. 
A minha memória faz-me visualizar momentos de muita felicidade.A minha mãe estava numa janela, a ver-me com as minhas amigas que, depois da escola, iam para a minha casa brincar.
A casa não era muito grande e estava pintada de branco. Tinha à frente, uma porta, que dava para a sala e, de lado, uma janela pintada de castanho. Era para uma dessas janelas que a minha mãe ia sempre, para ver se nos acontecia algo de mal.
Lá dentro era composta por três quartos, uma sala de estar e uma sala de jantar. Ao centro, um corredor, que dava acesso à cozinha. A cozinha era o lugar onde eu mais gostava de estar, porque a minha mãe foi sempre uma boa cozinheira; era cada petisco, que ela fazia tão bom que, ainda hoje, sinto esses cheiros e os sabores dos seus manjares.
O cheirinho a café de saco...
O cheirinho do café de saco, que ela fazia para as costureiras, que iam lá para casa costurar, chamava a atenção a quem passava.
Como eu estava a falar, a casa não era muito grande mas, para mim, parecia um palácio.
À frente tinha um jardim que, não sendo muito grande, dava para brincar à vontade.
Nesse jardim havia alguns arbustos bonitos, flores e uma oliveira frondosa. Lembro-me de apanhar muitas azeitonas.
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