Albertina Vaz
É um sonho, é um sopro, é um
grito! É um ser pequenino – saído de dentro de ti – quando tudo à volta parece
ter parado: e parou mesmo. Não há mais nada – nem ninguém. Tudo gira à volta de
um querer que transforma um amor – de dois em três – de três em quatro…
Depois, depois é um susto:
estará bem, que terá acontecido, que fez desta vez? Mas é também um olhar
sereno, uma corrida à beira-mar, um aprender, um partilhar, um dar, um
acreditar, um fazer crescer.
Os primeiros passos: os
sapatos que se guardam, as letras que se aprendem, as palavras que se escondem,
a gaivota que voa no espaço, as canções! Sim, as canções que se cantam numa
roda – redonda – com gargalhadas soltas no vento.
Um deixar cair e saber que
vai cair. Um estar ali: levantar do chão, apertar junto ao peito, continuar a
caminhar. Olhar um voo arriscado e sentir o coração pequenino, a apertar, a
doer – querer dizer não, quando se sabe que não vai dar certo, e abençoar a
queda.
Ser o tapete que amortece;
ser a casa que sempre acolhe; ser a mão que sempre se estende. Um adeus, um até
logo, um até sempre!
E quando nada mais resta um
querer que continues dentro de mim, minha mãe!
Tantas verdades, dentro de palavras tão lindas!
ResponderEliminarObrigada, Albertina, por mais um texto maravilhoso. Bj
Belo texto, Albertina! Obrigada
ResponderEliminarSempre o sonho, sempre a certeza, sempre a partilha, sempre o estremecimento, sempre mãe...
ResponderEliminarEste deslumbramento vivido todos os dias, um dia para o celebrar.
Obrigada, Albertina, por este texto da palavra certa.
Um abraço para todas as mães!
texto criado com profunda emoção, com sensibilidade à flor da pele.
ResponderEliminarbonita homenagem neste dia da mãe.
gm
Da mãe que sonha à mãe saudosa. Um percurso, uma vida, uma magia. Uma autora suspeita, a mãe dos meus filhos. Um beijinho.
ResponderEliminarLindo! parabéns
ResponderEliminarQue lindo texto, Albertina. As palavras certas nos sítios certos. Obrigada pela beleza que me soube transmitir.
ResponderEliminarDepois de ler alguns textos, fico tão comovida que não tenho palavras para comentar.
ResponderEliminarEste... tenho apenas para dizer que é verdade com uma grande ternura. Obrigada Albertina
Uma filha só compreende o papel da mãe depois de o ser, depois de conhecer a beleza, a dor, o susto, a maravilha constante que é estar deste lado...
ResponderEliminarEu tive e tenho a sorte indescritível de ter uma mãe fabulosa, que com as suas qualidades e defeitos, é a melhor do mundo, como aos olhos dos seus filhos todas as mães deveriam ser.
Mas tive e tenho outra sorte ainda: a de contar, quando a distância e o dia-a-dia me separam da minha, com o carinho e o amparo de outra mãe que desde o momento em que, pela mão do seu filho entrei na sua vida, me tratou como filha: a autora deste texto fabuloso!
Já o disse de outro autor, mas o dom dos grandes escritores é conseguir com as suas palavras dizer o que não conseguimos com as nossas, e por isso...
Obrigada!
Alexandra é muito bonito reconheceres que há sogras que são também as nossas mães. Tal como tu, tive uma sogra que foi uma verdadeira mãe para mim. Amou-me e acarinhou-me incondicionalmente. E, cada vez que o tempo vai passando, vou tenho mais saudades dela...e hoje o que não daria para a ter ainda ao pé de mim... de certeza que a minha vida tinha sido muito diferente.
EliminarConcordo a 100% com a temática das sogras, mas esta conversa fez-me recordar um episódio da nossa lua de mel em Cuba... Lá, um cubano com a finalidade de nos descansar em relação a possíveis animais perigosos tipo cobras, disse-nos: "no te preocupes! En Cuba lo animal mas peligroso es lá suegra!"
EliminarBeijos à minha!
Eu sabia que um dia te punha a participar neste blogue. Fico muito feliz por saber que foi desta. Agora espero a colaboração futura.
EliminarSe alguém ainda tivesse dúvidas hoje percebia que na nossa família já somos nove.
Para quem não sabe a Alexandra foi das pessoas que mais me incentivou a desvendar o que ia escrevendo. E agora aí está: já não posso voltar atrás.
Também eu fico muito feliz por ver mais uma vez o Daniel por aqui. Agora vem a Alexandra.
EliminarMuito bem, só faltam as pequeninas, mas o futuro está aí muito próximo.
Estou a gostar muito.