EVOLUIR agradece
este texto para publicação
Filipa Lopes
Deitada, joelhos
fletidos, Bic entre o polegar, indicador e o dedo médio. Escrevo, quase
desenhando as letras e, confesso, não sei o que dizer acerca deste assunto.
Nunca mo foi questionado, acho até, que nunca pensei nele. A fé é a certeza de
que tudo se pode realizar. A minha, muitas vezes, é maior que as razões. Nunca
fui fã da fome nem da falta de um cobertor. Nunca fui fã de guerra, sempre fui
fã da paz. E, só para nós, sempre fui fã de um mundo melhor e vivo num mundo
onde a probabilidade disso acontecer, diminui. Eu tive que me habituar a viver
com a ideia de que o mundo é assim mesmo, tive que me habituar a encarar o
mundo do jeito que ele é. Tive que encarar os meus dias como se fossem os
últimos. Acho que é por isso que existimos, para viver. Para saber aproveitar o
melhor de nós, o melhor da vida, senão tão pouco o pior. Quem sou? Porque me
questiono? Porque existem motivos que me decepcionam? Além da minha rotina
implicar comigo, por estar cansada de fazer sempre o mesmo, a minha mãe
implica, porque o meu quarto está bagunçado ou porque cheguei tarde a casa. O
meu pai implica, porque estou chata e rabugenta, e eu implico com o mundo.
Implico com pessoas que preferem desistir ao persistir e conseguir. Sou o
oposto do mundo. Em momentos da minha vida onde andava angustiada, dominada
pelo medo e, quem sabe, pela pouca fé pensei em desistir, mas não o fiz.
Existiu um motivo para tal. Existe sempre. Existe sempre alguém ou alguma coisa
que nos fortalece, que nos faz acreditar que tudo pode acontecer,
independentemente do tempo, da distância ou da ilusão de um sonho. Há sempre
uma luz ao fim do túnel. A última esperança, o último grão de fé, porque
havereis nós de desistir? Quanto aos outros, eu não sei, mas eu ainda aqui
estou, forte e com uma sacola de fé dentro do bolso. Vivo para ser a diferença
de muitos e a igualdade de outros. Vivo por mim e para mim. Vivo de fé, de
esperança, de força e fraqueza, de medo e coragem, de felicidade e
infelicidade, mas vivo. Vivo para acreditar que posso, que consigo.
Este artigo foi-nos enviado pelo professor da Filipa na Escola EB2/3 de Ilhavo. Outros textos podem ser consultados no blog cujo link identificamos:
Este artigo foi-nos enviado pelo professor da Filipa na Escola EB2/3 de Ilhavo. Outros textos podem ser consultados no blog cujo link identificamos:
Ao Prof. Filipe Tavares o nosso agradecimento.
Este texto foi escrito por uma aluna do 9º ano fruto de um trabalho realizado numa aula de Educ. Moral e R.C. Quem quiser conhecer mais trabalhos poderá fazê-lo no seguinte link
ResponderEliminarhttp://emrc-vida.blogspot.pt/
Á Filipa queremos felicitar pela forma como escreve e sugerir-lhe que continue a enviar-nos mais trabalhos seus e dos seus colegas. Teremos sempre muito prazer em publicá-los.
Bem-haja, Filipa!
EMRC, Apenas dar tom e cor à disciplina que tem cerca de 70% (número redondo)de todos os alunos nas escolas de da diocese Aveiro, o que faz uma boa média é verdade mas, mais importante, faz uma grande responsabilidade, tendo em conta a tarefa de sensibilizar e construir Pessoas Humanas. Com Valores e pontes entre o saber e a transcendência; entre a sabedoria e a caridade; entre a vida e a esperança de ir mais longe; entre o infinito de possibilidades e a afirmação do ser!!!
EliminarOlá Filipa!
ResponderEliminarGostámos do teu trabalho: muito bem construído prende o leitor desde a primeira á última palavra. É feito com convicção e com esperança que é uma virtude rara nos tempos que correm.
Gostávamos de te ler mais vezes: participa e faz-te nossa seguidora: escrevemos sobre tudo e alguns dos temas são capazes de ser interessantes para ti e para os teus amigos. Gostamos de vos ler e de que nos leiam: queremos partilhar convosco as ideias que temos e queremos que partilhem connosco as vossas interrogações e as vossas certezas.
Obrigada, Filipa!
Filipa, o teu quarto pode estar "bagunçado", mas o teu texto não. Muito bem arrumadinho e de qualidade. Parabéns pela tua capacidade de análise do mundo e de ti própria, pelas fortes convicções e pela determinação com que encaras a vida. Bem hajas pela partilha.
ResponderEliminarOlá Filipa; quando comecei a ler o teu texto emocionei-me porque veio ao encontro de como penso. Fiquei muito feliz ao saber que, com a tua idade, tens ideias tão firmes. Geralmente as mães exigem o máximo dos filhos, mas é sempre a pensar no seu bem. Pois,Filipa dá graças por teres uma mãe preocupada, mas parabéns, para ti, que fizeste um texto maravilhoso. Obrigada pela partilha.
ResponderEliminar"Vivo para ser a diferença de muitos e a igualdade de outros". Não pares, continua sempre a escrever. Participa no Evoluir.
ResponderEliminarDescobrir as razões da nossa fé é abrir o nosso espírito à verdade, ao bom, ao belo e ao Amor!
ResponderEliminarDar razões da nossa fé é afirmar a nossa conquista definitiva à ignorância.
Dar razões da nossa fé é acreditar numa nova esperança, num novo mundo, onde a felicidade está no outro que vive a meu lado e eu sou o personagem principal e responsável por ela.
Acreditar em Deus é potenciar ao máximo o Homem, é afirmar que somos capazes do impossível... somos uma centelha da eternidade, um universo de amor!
Parabéns
e Um abraço amigo
Olá Filipa! O teu quarto pode estar "bagunçado", acredito mesmo que sim, mas a tua "cabecinha" não está antes pelo contrário. Foi com alguma curiosidade que comecei a ler o teu texto e, confesso que fiquei perplexa. Uma ainda tão jovem a escrever desta maneira !!! Nunca desistas. Os meus sinceros PARABENS pela tua capacidade de nos prenderes desde a primeira à ultima palavra.
ResponderEliminarOlá Filipa
ResponderEliminarLer o teu texto foi surpreendente e agradável. Seres tão jovem e conseguires essa fé e determinação na vida e no futuro é muito bom. Parabéns