MARIA SILVIA PARADELA
Já
vai longa a minha ausência.
Sabendo
que me queres ler…
–
Se de ti sinto carência
É
um convite a pairar
Par’cendo em mim vir pousar
Para
uma carta escrever. Par’cendo em mim vir pousar
Meu
espírito verte água
E a minha alma o enxuga.
(Mora nela alguma mágoa
Criando nele esta fuga)
E do peito pena grave
Sai dizendo em voz suave:
Meu espírito verte água.
E a minha alma o enxuga.
A esp'rança em mim não morre |
(Mora nela alguma mágoa
Criando nele esta fuga)
E do peito pena grave
Sai dizendo em voz suave:
Meu espírito verte água.
Se
os homens não são feras,
Por
que alguns são tão maus
Que
sempre em todas as eras
Há
os que incitam o caos?
Ó
vida, és um mistério,
Confuso
poema etéreo
Dentro do meu
pensamento
Sei que a
minha mente inquiro,
E ante seu
aturdimento
Choro, soluço
e suspiro.
Mas a
esp’rança em mim não morre,
Porque há
Deus que nos socorre
– Dentro do
meu pensamento.
Às aves que em bando vão |
Sob aves que
em bando vão,
Do cimo dum
monte o fito.
Parece
cumprir missão,
Voando até ao
infinito.
Como folha
desprendida
Solto a
carta, dirigida
Às aves que
em bando vão.
Algo de mim vai com ela
Desejando
procurar
Uma esfera mais bela
Uma esfera mais bela
P’ra de Amor
nos regalar.
Leva, pois, perseverança
Em Deus toda a confiança,
Leva, pois, perseverança
Em Deus toda a confiança,
– Algo de mim
vai com ela.
Gostei muito do seu poema, Silvia: uma lufada de ar fresco quando surge uma poesia ou não fosse a nossa vida cheia de contradições entre o bem e o mal, a luz e a escuridão, o sol e um céu cinzento.
ResponderEliminarFicamos á espera de mais e queremos ser uma boa companhia.
Obrigada, Tininha! Eu é que me congratulo em ter a oportunidade de estar junto de vós!!! beijinho.
EliminarMuito bom...parabéns!
ResponderEliminarSusana Ramos
Obrigada pela atenção dispensada! Abraço.
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