Ah,
velho pescador,
de
barba sem cor
Se
tu me pudesses dizer
O
que a vida me reserva…
Águas
mansas, onduladas
Sem
fim
Estais
tão longe
E
tão perto de mim!
Estais
próximas
Mas
tão inacessíveis às minhas mãos…
Sois
como a felicidade
Que,
estando sempre à nossa volta
É
tão difícil alcançá-la!
Que
linda gaivota
Graciosa e esguia
Está
à minha frente!
Activo
vem até mim
o
odor fresco da maresia.
E
os iates balouçando docemente
Dir-se-iam
berços que o mar dolente
Embala
e afaga…
Ah,
pescador,
Se
tu pudesses adivinhar
O
meu destino
E
acabar com este desatino!
15-3-1967
Graciete Manangão ©2014,Aveiro,Portugal
"Linhas dispersas" são palavras que não podem ser guardadas em gavetas nem escondidas em papéis soltos onde ninguém os lê. Neste poema eu revi a angústia dum futuro desconhecido que num momento se tornou presente. Gostei muito
ResponderEliminarO pescador de barba sem cor, a água, o mar ondulante, o odor fresco batido pelo iaiô dos iates, a solicitar o enjoo provocado pela náusea de um futuro inseguro.Um belo quadro de que gostei muito.
ResponderEliminarAo ler esta poesia fui visualizando o ondular das águas, fazendo baloiçar os barcos. Gostei da imagem que tive. Gostei muito desta poesia.
ResponderEliminarUm belo poema ditado pela saudade que ondula nas águas mansas da memória agitadas pela angústia da incerteza.
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