terça-feira, 7 de abril de 2015

Assim pensou assim fez.

Maria José Pereira


Meteu-se no carro e rumou por aí...
A pressa  de chegar era mais  que muita, mas não  queria transgredir. Tinha de ficar calmo e não carregar  demais  no  acelerador. 
Deliciou-se a contemplar o campo, que  começava a ficar salpicado  de flores minúsculas, roxas,  amarelas, vermelhas, lembrando uma pintura de Monet.
O ambiente era quase silencioso
O ambiente era quase silencioso, não  fosse o chilrear  da passarada. 
E, quão apaziguador era aquele espaço  a não perder de vista...
Mais uns quilómetros e, finalmente, chegou à  pequena localidade, junto  à praia. 
As casas, poucas, baixinhas, pintadas de branco. 
Numa ruela estreita, numa casa branca como a neve, os amigos esperavam-no.
Foi só tempo de pousar a mala. O mar sereno esperava-os.
As pequenas ondas espreguiçavam-se na praia, como a querer revolver a areia dourada. 
Os raios de sol, já, bastante, fraquinhos, iluminavam o mar.
Depois de tão longa viagem, chegou a altura de descansar. - pensou. E assim pensou, assim fez.


Maria José Pereira ©2015,Aveiro,Portugal

4 comentários:

  1. Palavras serenas definem uma situação em que o silêncio transborda como uma força presente.

    ResponderEliminar
  2. Tanto mar, tanto campo, tanta natureza e, em apenas 150 palavras, textos tão diferentes e complementares.

    ResponderEliminar
  3. Ainda bem que há quem evite transgredir. Talvez outros o façam, ingenuamente,por certo, embora assim pensem e assim farão.

    ResponderEliminar
  4. Nem que seja só no teclado e no visor de um computador, é sempre magnífica a evasão para um espaço como este: "O ambiente era quase silencioso, não fosse o chilrear da passarada.
    E, quão apaziguador era aquele espaço a não perder de vista..." Porque escrever também é viver...

    ResponderEliminar

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...