domingo, 30 de novembro de 2014

Fazes-me falta, quando não apareces.

Maria José 


Vives num local onde não te faltam vizinhos.
Não sei qual a tua relação com eles, mas deves sentir-te o rei!
És único, o mais brilhante!
Por vezes, teimas em ficar escondido. Envergonhado? Zangado?
E, de repente, lá apareces, espreitando, como que cuscando, por trás dos montes, montanhas, por entre as frestas das janelas, por entre a folhagem das árvores...
Adoras esconder-te e, quando dou conta, já mudaste de cor.
Queria que ficasses ali, para sempre.
Ficas maravilhoso, com esses tons quentes. Será do cansaço duma jornada de trabalho?
Quando te avisto, de manhãzinha, tens um ar pálido. À tardinha, ficas diferente.
O teu semblante é de cortar a respiração!
Quando te vejo assim, fico com a alma iluminada. Queria que ficasses ali, para sempre. Mas não, num instante, desapareces...
Resta a certeza de que amanhã vais voltar. Ou será que um dia vais morrer?
Para mim, vais ser eterno!
Quando não te vejo, fico triste, deprimida, sem vontade de fazer nada.
Sempre que mostras um brilhozinho no olhar, tudo muda.
Então, quando apareces com um semblante mais luminoso, é como se fosses a minha musa inspiradora.
Surgem ideias novas...

Pois é, amigo Sol, se não aparecesses, a minha vida seria bem mais triste!


Maria José ©2014,Aveiro,Portugal

1 comentário:

  1. Tantas vezes nos acalenta e nem o consciencializamos! Um verdadeiro hino ao fogo como elemento primordial, este texto.

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