Maria José
Vives num local onde não te
faltam vizinhos.
Não sei qual a tua relação
com eles, mas deves sentir-te o rei!
És único, o mais brilhante!
Por vezes, teimas em ficar
escondido. Envergonhado? Zangado?
E, de repente, lá apareces,
espreitando, como que cuscando, por trás dos montes, montanhas, por entre as
frestas das janelas, por entre a folhagem das árvores...
Adoras esconder-te e, quando
dou conta, já mudaste de cor.
Queria que ficasses ali, para sempre. |
Ficas maravilhoso, com esses
tons quentes. Será do cansaço duma jornada de trabalho?
Quando te avisto, de
manhãzinha, tens um ar pálido. À tardinha, ficas diferente.
O teu semblante é de cortar
a respiração!
Quando te vejo assim, fico
com a alma iluminada. Queria que ficasses ali, para sempre. Mas não, num instante,
desapareces...
Resta a certeza de que
amanhã vais voltar. Ou será que um dia vais morrer?
Para mim, vais ser eterno!
Quando não te vejo, fico
triste, deprimida, sem vontade de fazer nada.
Sempre que mostras um
brilhozinho no olhar, tudo muda.
Então, quando apareces com
um semblante mais luminoso, é como se fosses a minha musa inspiradora.
Surgem ideias novas...
Pois é, amigo Sol, se não
aparecesses, a minha vida seria bem mais triste!
Maria José ©2014,Aveiro,Portugal
Tantas vezes nos acalenta e nem o consciencializamos! Um verdadeiro hino ao fogo como elemento primordial, este texto.
ResponderEliminar