Julguei que tinha asas para voar |
Julguei que era Mentira uma Verdade,
Tomei por Alvorada o Sol Poente;
Senti uma Certeza e fui descrente
E na Ilusão eu vi a Realidade!
Julguei-me caridosa e foi Vaidade
Na ânsia de ser outra bem dif´rente;
Orgulho eu o tomei por Humildade,
No fundo quis ser mais que toda a gente!
Julguei que tinha asas p´ra voar,
Que era capaz de altiva caminhar,
Levando como escudo a minha Dor!
Julguei que tinha Tudo sem ter Nada,
Pensei ter a Razão e estava errada,
Julguei que te odiava e era Amor!...
Maria Celeste Salgueiro ©2014,Aveiro,Portugal
A poesia é uma espécie de música… Só deve ser escutada… Em silêncio e com os olhos da alma. Assim é este soneto: desafina-nos para nos harmonizar.
ResponderEliminarGOSTEI MUITO DESTE SONETO, PARABÉNS E OBRIGADA PELA SUA ARTE QUE NÓS PODEMOS DESFRUTAR, SEM DEIXAR DE REFLECTIR SERIAMENTE NA MENSAGEM QUE ENCERRA!
ResponderEliminarUm soneto bem esclarecedor de contradições do ser humano. É belo porque simples, é certo por tantas dúvidas.
ResponderEliminarEmbora conhecendo a poesia da Maria Celeste, não deixei de ficar surpreendida com a força das palavras que exprimem sentimentos profundos e pela harmonia de todo o soneto. Parabéns.
ResponderEliminarMuito forte este poema da Celeste que me fez pensar como são efémeros e transitórios os sentimentos, as atitudes e a vida. O que hoje é desejável torna-se odiado no dia seguinte e o alcançado de hoje não passa de passado amanhã. Mais grave é que estas contradições coexistam dentro de nós como bem as descreve a Celeste. Muito bom, Celeste. Obrigada por este poema que tão bem descreve o tema que estamos a desenvolver.
ResponderEliminarUma profunda reflexão sobre os equívocos e contradições do ser humano num poema com tanto ritmo e musicalidade que bem podia tornar-se uma canção - o Amor em chave de ouro. Gostei muito, Maria Celeste
ResponderEliminarLindo poema. Fez-me refletir bastante. Obrigada pela sua participação.
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