Era uma vez um senhor muito
rico chamado Donaldo. Era um senhor já de idade
avançada e não sei porquê não gostava do Natal.
Todos os anos, nesta época,
não queria sair à rua.
Teve um amigo, colega de
trabalho, que já tinha falecido, chamado Pateta.
O senhor Donaldo estava
sozinho, porque o seu empregado tinha tirado uma folga para passar um tempo com
a família, que eram a mulher e os três filhos.
Um deles, o Peter, tinha uma
perna partida e por isso tinha de andar com uma muleta.
O senhor Donaldo era uma
pessoa invejosa e nesta época nunca ajudava os pobres. Até que um dia foi
visitado pelo espírito de um amigo que tinha falecido.
Ele avisou-o que seria
visitado por outro espírito, mas não lhe podia explicar mais nada.
Então o tal espírito chegou
à meia noite e levantou-o da cama com um simples toque de despertador.
Ele aterrorizado, olhou-o e
exclamou:
- Oh,
estava eu cheio de medo e afinal és tão pequeno!
O espírito abriu a janela do
quarto e foi com ele visitar o Natal passado. O Donaldo viu-se a dançar com uma
senhora muito bonita.
A seguir foram visitar a
casa do seu empregado e viu que na mesa estava só um peru.
Mas era só o peru e três ervilhas |
O menino que tinha a perna
partida estava contente por terem tanta comida e dizia ele: ena tanta coisa
boa!...
Mas era só o peru e três
ervilhas. Como a perna do peru calhou ao menino que tinha a perna partida, ela
ofereceu-a ao pai, que estava a comer só uma ervilha. Claro, o pai não aceitou.
O Donaldo ao ver aquilo
(tanta pobreza) veio-lhe uma lágrima ao olho.
E viu o empregado, a chorar,
com a mulher ao pé de uma campa. Quando eles se afastaram, Donaldo,
aproximou-se e percebeu que quem estava dentro do jazigo era o menino que tinha
a perna partida. Por cima da campa estava a muleta, que ele usava, que tinha
sido feito pelo pai com o único pau que restava para a lareira.
Logo de seguida percebeu que
ao fundo havia um outro jazigo iluminado e era a do senhor Donaldo. Começou a chover muito e ele
fechou os olhos. Quando os abriu estava na cama e era manhã de Natal.
Pegou no casacão, saiu à rua
correndo e deu dinheiro a todos os pobres.
No final foi a casa do
empregado, bateu à porta. Quando a porta foi aberta ele correu para a lareira
fingindo que estava zangado e que era muito mau.
O filhito mais pequeno
correu para um saco grande que o senhor Donaldo trazia e viu que estava cheio
de brinquedos para as crianças.
Dentro do saco trazia,
também um frango assado e mais iguarias.
Pois o senhor Donaldo passou
o dia de Natal com eles e estiveram todos muito felizes.
Martim Martins ©2013,Aveiro,Portugal
11 anos
O Martim deixou-nos a sua mensagem de Natal falando de solidariedade e de como a nossa vida pode ser bem mais feliz se olharmos em nosso redor e soubermos partilhar com os outros. Que tenhas tido um bom Natal, Martim! Fizeste uma história muito bonita
ResponderEliminar"Pois o senhor Donaldo passou o dia de Natal com eles e estiveram todos muito felizes." A solidariedade que exprime a tua história revela bem que não é SÓ o dinheiro que nos permite ser mais solidários. Parabéns.
ResponderEliminarAo escreveres esta história, Martim, lembraste a todos que temos de ser solidários com o que menos têm. Muito bem.
ResponderEliminarEscreves bem, Martim! E há algo no teu texto que faz lembrar Charles Dickens. Certamente gostas de ler e fazes muito bem. Obrigada pela bonita história e pela mensagem de bondade e solidariedade.
ResponderEliminarGostei do que li e percebe-se que escreves com prazer! Continua a escrever, Martim!
ResponderEliminarTambém gostei muito da tua história Martim. O imaginátrio das crianças é pródigo em ensinamentos para os adultos.
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