Maria celeste Salgueiro
Atravessando a noite dos meus dias
Vens até mim sem eu te pressentir
Rasgando o nevoeiro à minha frente...
Vens na luz dum poente,
No aroma de uma flor
Escorrendo de um muro;
Numa sílaba que caminha
Para o coração dum poema;
No ar que tremula
A desfazer-se em luz;
Num grito de gaivota,
Num riso de criança,
No brilho das folhas
Molhadas pela chuva;
Na luz do sol a prumo,
No luar que eu piso no caminho;
No rumor dos pinheiros
Abraçados pelo vento;
No mistério das coisas
Onde o silêncio estremece...
Porém, como vieste doce e calma,
Sem eu te pressentir,
Assim também partiste,
Deixando na minh´alma
Janelas por abrir!...
Maria celeste Salgueiro ©2016,Aveiro,Portugal
De Idalinda Pereira recebemos o seguinte comentário:
ResponderEliminar" Um poema doce que nos transporta ao infinito. Que os Poetas cantem todos os dias a nossa existência. Parabéns Celestinha"
A poesia é uma constante do que a Celeste nos vai trazendo, sempre repleta de uma graciosidade e uma beleza que quase nos consegue transportar para um mundo em que as janelas deixam sempre cortinas a esvoaçar. Gostei muito, Celeste.
ResponderEliminarA poesia é uma constante do que a Celeste nos vai trazendo, sempre repleta de uma graciosidade e uma beleza que quase nos consegue transportar para um mundo em que as janelas deixam sempre cortinas a esvoaçar. Gostei muito, Celeste.
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