Maria Celeste Salgueiro
Com a janela aberta
Eu estava suspensa
Em silêncios de espera...
Era uma noite calma,
Noite de Primavera
Que fazia sonhar...
O ar estava parado,
Não se ouvia um ruido.
A lua derramava a sua luz
Nas pedras da calçada.
Não havia ninguém
Na sombra rente ao muro
Lembrando uma serpente.
Mas eis que, de repente,
O vulto que eu esp´rava apareceu.
Um som surdo de passos
Encheu a minha rua
Até que tu surgiste
Em frente da janela
Aberta par em par.
Meu coração bateu
Num ritmo apressado
Para depois parar.
E nessa noite calma,
Noite de Primavera
Brilhante de luar,
Deixei de estar suspensa
Em silêncios de espera
Para ficar suspensa
Na luz do teu olhar!...
Maria Celeste Salgueiro ©2016,Aveiro,Portugal
De Idalinda Pereira recebemos o seguinte comentário:
ResponderEliminar"Muito apaixonante!.. Parabéns Celeste."
Um enamoramento que esvoaça pela brisa como uma pluma que se esvai. E um olhar que se fixa, como se a eternidade não passasse de um momento.
ResponderEliminar