quarta-feira, 11 de junho de 2014

Ilusão

Estendo meu olhar sobre o mar
Nesse êxtase mergulho meus sonhos
Cada onda é um desencontro
Neste turbilhão que é a vida…
Tapo os olhos com pétalas de sal
P’ra não ver
A menina da minha ilusão
Na espuma branca desaparecida!...

Olhos d’água, cabelos de luz
Cobertos por um véu
Atados por um laço de maresia
Essa menina
É agora uma mulher que corria
Atrás da vida, que teimosamente venceu…
Sua quimera um lamento
Guarda nela a ternura que lhe deu!...

Isabel Maria ©2014,Aveiro,Portugal

2 comentários:

  1. Um poema que se lê como uma caricia, numa brisa fresca duma manhã que desponta. Uma ilusão que cresce, à medida que os sonhos se transformam e a realidade nos agarra. Quanta doçura que se divisa nos olhos e nos sentimentos duma autora que nos surpreende sempre pela sonoridade que imprime às suas palavras. Muito, muito bonito, Isabel.

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  2. A beleza emergindo de uma recordação...
    Uma espécie de música que tem de ser novamente escutada...
    Poesia...
    Pura!

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